quinta-feira, 21 de junho de 2012

Dogma da Biologia Molecular


O dogma central define o paradigma da biologia molecular, em que a informação é perpetuada através da replicação do DNA e é traduzida através de dois processos: A transcrição que converte a informação do DNA em uma forma mais acessível (uma fita de RNA complementar) e através da tradução que converte a informação contida no RNA em proteínas.

O Dogma Central da Biologia Molecular. A exceção é a replicação retroviral, na qual o RNA viral é molde para síntese do DNA do provírus.

Transcrição

A transcrição é um processo multienzimático, de cópia das informações químicas contidas na dupla hélice da molécula do DNA em moléculas de RNA, que por sua vez tem a função de permitir que essas informações sejam traduzidas bioquimicamente em proteínas, moléculas biológicas de múltiplas funções indispensáveis para o funcionamento , a manutenção e a propagação dos seres vivos.



(Biologia Molecular, Guia prático e didático. Eçae, Lilian Piñero e colaboradores)

Transcrição dos genes mRNA e tRNA


A transcrição consiste no processo bioquímico de síntese das moléculas de RNA, qualquer que seja a sua função biológica. Constitui o mecanismo fundamental da expressão genética, que se traduz, um última análise, na síntese das proteínas, agente diretos de todas as funções biológicas e determinantes das características de casa espécie viva. Os mecanismos moleculares fundamentais da transcrição têm como carácter universal e consistem na polimerização orientada r sequencial dos nucleótidos trifosfato da ribose, ATP, GTP, CTP e UDP, processada pelas RNA polimerases, e ditada pela sequência nucleotídica das cadeias molde de DNA genómico, assente na complementaridade estrutural das respectivas bases heterocíclicas A-U, T-A e G-C. Os RNA sintetizados nas células são de vários tipos, nomeadamente, ribossômico (rRNA), de transferência (tRNA) e mensageiros (mRNA). Em todos os casos, trata-se de macromoléculas lineares em cadeia simples, de dimensões muito inferiores às do DNA 3 etapas, que são a iniciação, elongação e terminação das cadeias polirribonucleotídicas. Nas células eucarióticas existem 4 RNA polimerases. As polimerases l, ll e lll transcrevem tipos específicos de genes que codificam para os rRNA, mRNA e tRNA, respectivamente. A RNA polimerase lV transcreve todos os genes que se encontram no DNA mitocondrial. A especificidade de reconhecimento assegura pela estrutura das regiões promotoras, a montante do sítio de iniciação da transcrição em interação com fatores proteicos que cooperam com cada uma das RNA polimerases. As células eucarióticas dispõe de uma maior variedade de processos de transcrição dos genes do que os procariotas. Na maior parte dos casos, estes constituem produtos primários de uma transcrição multigénica, que sã objeto de processamento complexos que incluem modificações covalentes, organização supramolecular e transporte dentro as célula até ao sítio onde exercem a respectiva função fisiológica, sempre de forma fenotipicamente distinta e altamente específica no tempo e no espaço.


(Biologia celular e molecular 3ª ed.; Carlos Azevedo; ed. Lider)

Introdução e importância biomédica

As etapas gerais necessárias à síntese do transcrito primário ou transcrição do RNA são iniciação, alongação, e terminação. O processo de regulação de iniciação da transcrição, é mais bem entendido em procariontes e vírus, mas recentes progressos têm sido alcançadas na elucidação da transcrição em células de mamíferos.

As moléculas de RNA sintetizadas em células de mamíferos são frequentemente bem diferentes daquelas produzidas por organismos procarióticos , particularmente os transcritos que codificam o mRNA . O mRNA procariótico pode ser traduzido a medida que esta sendo sintetizado , enquanto em células de mamíferos a maioria dos RNAs é produzida como moléculas precursoras que necessitam ser processadas em RNAs maduros e ativos.


(Biologia Molecular, Guia prático e didático. Eçae, Lilian Piñero e colaboradores)